https://youtu.be/iHIPOed_BNE
24 - FSANTOSOUSA
Nestas vinte e quatro linhas que aguardam poesia
eu não tenho direito a ter opinião própria
só a ser um escravo do equilíbrio
As perfeições, os nexos, não precisam de nada
mutilações e figuras de outros sonhos
desvalores pungentes do mundo pagão
na dádiva eterna humana da arrogância
como que a esperar o vício
preservar-se-á o vestido, a música
Os mortos cavalgam sobre a terra
a Terra ainda repousa sob os mortos
só não haveria altares para a vida
Vê-se os encaixes perfeitos entre os extremos
a mais completa e suprema obra do acaso
no espaço, os julgamentos omitidos
Como ser homem sem saber demais?
Como não erguer minhas mãos vazias?
Como voltar "pó", sem "esia"
Liberdade, ilusão deveras
todas imagens são um só sentido
a rala tinta da matéria na escuridão
Liberdade, ilusão deveras
jaulas vazias de um tempo indomável
Vinte e quatro vezes perdi meu tempo
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